São plantas interessantes que embelezam nossos jardins. E para que se mantenham saudáveis alguns cuidados básicos devem ser
tomados. Cultivá-las em solo fértil e bem drenado e a eliminação dos bulbos com
aspecto esponjoso já resolvem os problemas com o cultivo dessas plantas. Mas mesmo
tomando esses cuidados existem algumas pragas e doenças que atacam e podem
destruí-las. Abaixo aparecem as principais pragas e doenças que
atacam as plantas bulbosas e o que se deve fazer:
Pulgões verdes
Os pulgões e outros afídios são insetos de aproximadamente 3
mm de comprimento. Eles se estabelecem na parte inferior das folhas, nos
caules, nos botões e até mesmo nos bulbos estocados. Sugam a seiva das plantas
e deformam as folhas e flores. Dentre as plantas mais atacadas por eles
destacam-se as dálias, os gladíolos, as íris e os lírios.
Métodos de controle
Para remover os insetos das plantas, use uma mangueira de
jardim que tenha um jato bem forte. Em seguida, se as plantas estiverem muito
infestadas, pulverize-as com Malathion, seguindo as instruções da embalagem.
Trips dos Gladíolos
Insetos sugadores, os trips provocam o aparecimento de
faixas prateadas – posteriormente elas ficam marrons – nas superfícies das
folhas, que acabam murchando. Quando os trips atacam os bulbos estocados, eles
ficam marrons e pegajosos. Embora o alvo principal dos trips seja o gladíolo,
eles atacam também as frésias, as íris e os lírios.
Método de Controle
A melhor maneira de combatê-los consiste em adotar um
tratamento preventivo. Quando as plantas atingirem 15 cm de altura, pulverize-as
com Serin ou Malathion. E , quando se tratar de bulbos, pulverize-os logo que
os desenterrar.
Besouros
De cor bronzeada e com mais de 1 cm de comprimento, os
besouros corroem as folhas, os caules e as flores. Eles são mais ativos nos
dias quentes e ensolarados, quando podem ser vistos em grupos sobre as folhas
de uma planta. Por onde passam eles fazem muito estrago, deixando verdadeiros
buracos nas plantas, principalmente nos biris e nas dálias.
Métodos de controle
Retire-os com as mãos ou remova-os para dentro de uma lata
com água e um pouco de óleo ou querosene. As infestações mais graves precisam
ser pulverizadas com Malathion.
Lesmas
Geralmente grandes, gordas e sem patas, as lesmas são muito
prejudiciais as plantas. Elas preferem as folhas e as raízes novas que se
desenvolvem próximas do solo. Alimentam-se normalmente à noite e deixam grandes
buracos e uma trilha prateada, viscosa, por onde passam. Atacam com frequência
as dálias e os lírios.
Métodos de Controle
Para combatê-las borrife o solo nas proximidades do caule
com Metaldeído ou use iscas: elas são atraídas por uma travessa com cerveja ou
suco de uva, e morrem afogados quando caem no líquido. Outra alternativa é
bloquear os canteiros com terra.
Nematóides
Microscópicos e transparentes, os nematoides prejudicam
muito as plantas. As folhas ficam cobertas de manchas amarelas ou marrons,
curvam-se e partem-se. Eles penetram nas raízes novas e dirigem-se para os
caules quando a folhagem murcha,
refugiam-se nos bulbos, cujos tecidos escurecem. Atacam dálias,
narcisos, tulipas, gladíolos e íris.
Métodos de controle
As plantas atacadas precisam ser destruídas. Para que a
infestação não se propague, proteja as plantas vizinhas com uma aplicação de
veneno próprio. As ferramentas de jardim devem ser esterilizadas com álcool.
LARVA DE MOSCA
Com mais de 1 cm de comprimento, a larva de mosca
assemelha-se a uma lagarta. Ela cava e come o núcleo do bulbo, reduzindo-o a
uma massa escura e esponjosa. As plantas atacadas apresentam folhas retorcidas
e amareladas, e param de crescer. Por atacarem com frequência o bulbo do
narciso são chamadas larva de mosca de bulbo narciso, mas infestam também as
amarílis.
MÉTODOS DE CONTROLE
Descarte-se dos bulbos que parecem macios ou esponjosos.
Borrife o solo, na época do plantio, com Chlordane, e pulverize cada bulbo com
o mesmo produto.
LARVA DE BESOURO
Compridas, com quase dois centímetros, lisas e segmentadas,
as larvas de besouro desenvolvem-se de ovos depositados no solo por besouros
pretos e marrons. Elas penetram no bulbo subterrâneo e encaminham-se para cima.
Fazem buracos no caule e, às vezes, derrubam a planta. Seus alvos principais
são as dálias, os gladíolos e as begônias tuberosas.
MÉTODOS DE CONTROLE
Borrife o solo com Diazinon ou Chlordane, na hora do
plantio. Pulverize os bulbos antes de enterrá-los, e quando a planta estiver
crescendo borrife-a com Malathion.
ÁCAROS DE BULBO
Os ácaros de bulbo assemelham-se a pequenas aranhas
esbranquiçadas. Eles se reúnem em colônias para se alimentar de bulbos em
decomposição, mas também cavam túneis em bulbos sadios, provocando, desse modo,
deterioração dos tecidos. Esses insetos atacam com fre- qüência amarílis,
açafrão, frésias, gladíolos, lírios, narcisos e tulipas.
MÉTODOS DE CONTROLE
Descarte-se dos
bulbos infestados (eles apresentam-se macios e esponjosos). Pulverize os bulbos
saudáveis com Diazinon e, quando precisar estocá-los, mantenha-os em
recipientes bem fechados.
MOSAICO
Doença causada por vírus, o mosaico, bem como outras
viroses, é disseminado por insetos. Quando infectadas, as plantas ficam com as
folhas manchadas de verde e amarelo. Em algumas flores, como as da tulipa
Rembrandt, o vírus propicia o aparecimento de matizes multicoloridos. Esse
vírus ataca lírios, copos-de-leite, dálias, biris, gladíolos e íris.
MÉTODOS DE CONTROLE
Destrua as plantas infectadas. Embora os vírus não possam
ser combatidos por produtos químicos, o Malathion ajuda a repelir os insetos propagadores.
Cultivadores de tulipas Rembrandt evitam plantá-las próximas de outras tulipas
e dos lírios.
FERRUGEM DE BOTRYTIS
A ferrugem de Botrytis produz pontos amarelos, laranja ou
marrom-avermelhados nas folhas, flores e bulbos. Ela aparece com mais frequência
nas épocas úmidas e chuvosas. Os pontos da ferrugem tendem a se encontrar e,
quando isso ocorre, a parte atacada se decompõe. Os bulbos mais suscetíveis à
ferrugem são as tulipas, dálias, gladíolos e jacintos.
MÉTODOS DE CONTROLE
Não plante bulbos com lesões arredondadas e marrons. Remova
as partes atacadas da planta e transfira-a para um local ensolarado e bem
drenado. Deixe um espaço maior entre os bulbos para melhorar a circulação do ar
e reduzir a umidade.
APODRECIMENTO DE BULBOS
Em solos mal drenados, os bulbos são atacados por bactérias
e fungos, apodrecendo em consequência disso. Isso também pode acontecer quando
eles são estocados em locais quentes e sem ventilação. Você pode reconhecer o
bulbo apodrecido pela aparência seca, esponjosa ou polpuda que apresenta,
algumas vezes exalando um odor acre.
MÉTODOS DE CONTROLE
Elimine os bulbos apodrecidos. Melhore a drenagem do solo e
plante os bulbos sadios em locais ensolarados. Verifique as condições
ambientais do local onde você estoca seus bulbos: é necessário temperatura
baixa e boa ventilação.
Fonte: Plantas e Flores - 1977
Um comentário:
Peço ajuda para a doença das minhas flores , que chamamos Estrelas do Natal.São vermelhas e lindas . Tenho-as há vários anos ( 6 anos mais ou menos )e sempre viçosas .Tenho-as dentro de casa e viradas ao sol.Acontece que há cerca de 2 meses, começara a cobrir-se doma especie de
baba branca que se cola aos deds e sai com o lavar das folhas.Porém,em poucos dias ficam os caules e os nós dos ramos completamente brancos com camads pegajosas.Elas estão a mirrar e a perder a folhagem, apenas vão conservando as flores, mas estas começam a morrer.Podem ajudar-me ? Terei que mudar a terra ? haverá algum produto que as trate ?
Agradecia me respondessem, porque não sei se por este meio poderei ser ajudada.Vou enviar o meu Email para poderem contactar comigo.Muito grata
M.Judite Cunha Guimarães(j.guimaraes0@gmail.com)
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