3 de abr. de 2016

Dicas para descanso mental


- O que acontece se o cérebro exige um tempo substancial de descanso para permanecer focado e incansável e gerar suas ideias mais inovadoras? “A ociosidade não é só um período de férias, uma indulgência ou um vício. Ela é tão indispensável para o cérebro como a vitamina D é para o corpo e sem ela sofremos uma aflição mental que desfigura tanto quanto o raquitismo”, escreveu o ensaísta Tim Kreider no The New York Times. “O espaço e a tranquilidade que o ócio proporciona são uma condição necessária para se afastar da vida e vê-la como um todo, para fazer conexões inesperadas e esperar que os violentos relâmpagos de verão estimulem a inspiração — ela é, paradoxalmente, necessária para realizar qualquer trabalho”.

- [..]a maioria das pessoas só consegue se engajar em uma prática deliberada, ou seja, forçar-se a exceder seus limites atuais, por uma hora sem descanso. [...]pessoas extremamente talentosas em muitas disciplinas diferentes — em música, nos esportes, ou na escrita — raramente praticam mais de quatro horas por dia em média e que muitos especialistas preferem começar a treinar de manhã cedo, quando as energias mental e física estão prontamente disponíveis.


- Férias têm benefícios reais. Elas provavelmente revitalizam o corpo e a mente ao distanciarem as pessoas do estresse associado ao trabalho e mergulhá-las em lugares, gastronomias e círculos sociais novos, que por sua vez podem levar a ideias e insights originais, além de dar às pessoas a oportunidade de dormir bem à noite e permitir que suas mentes vagueiem de uma experiência para outra, em vez de forçarem seus cérebros a se concentrar em uma única tarefa por muitas horas de cada vez. 

- Schwartz e seus colegas incentivam trabalhadores a dormir de sete a oito horas todas as noites, usar todos os seus dias de férias, tirar cochilos de energia e muitas pausas breves durante o dia, praticar meditação, e lidar com a tarefa mais desafiadora como primeira coisa logo de manhã para que possa lhe dedicar toda a sua atenção.

- Considere, por exemplo, o quanto um cochilo curtíssimo no meio do dia revigora a mente.

- Meros sete a 10 minutos de sono podem ser suficientes para restaurar os neurônios do circuito alerta (desperto). 

- Uma solução igualmente administrável e provavelmente bem mais restauradora para a fadiga mental é passar mais tempo ao ar livre, à noite, nos fins de semana, e até durante os intervalos do almoço, ao caminhar até um parque próximo, um lugar à beira de um rio ou qualquer espaço não dominado por arranha-céus e ruas urbanas.

- Um dia de caminhada em uma reserva natural, onde a mente está livre para mudar seu foco do canto de pássaros aos sons borbulhantes do fluxo de rios à luz solar que penetra por cada lacuna nos galhos de árvores, espalhando-se pelo chão da floresta.

- Além de renovar a capacidade de concentração de uma pessoa, o tempo de inatividade pode de fato fortalecer o músculo da atenção.

- A meditação consciente, por exemplo, em geral se refere a um foco sustentado dos nossos pensamentos, emoções e sensações em um dado momento presente.

- O tempo de inércia é uma oportunidade para o cérebro processar o que aprendeu recentemente, trazer à tona tensões fundamentais não resolvidas em nossas vidas e articular seus poderes de reflexão para longe do mundo externo em direção a si mesmo.


Trechos extraídos do artigo da Revista Scientific American Brasil:  Por que sua mente precisa repousar. Por Ferrir Jabr
Disponível em :<http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/por_que_sua_mente_precisa_repousar.html>

16 de jan. de 2016

Plantas Bulbosas | Pragas e Doenças

São plantas interessantes que embelezam nossos jardins. E para que se mantenham saudáveis alguns cuidados básicos devem ser tomados. Cultivá-las em solo fértil e bem drenado e a eliminação dos bulbos com aspecto esponjoso já resolvem os problemas com o cultivo dessas plantas. Mas mesmo tomando esses cuidados existem algumas pragas e doenças que atacam e podem destruí-las. Abaixo aparecem as principais pragas e doenças que atacam as plantas bulbosas e o que se deve fazer:




Pulgões verdes

Os pulgões e outros afídios são insetos de aproximadamente 3 mm de comprimento. Eles se estabelecem na parte inferior das folhas, nos caules, nos botões e até mesmo nos bulbos estocados. Sugam a seiva das plantas e deformam as folhas e flores. Dentre as plantas mais atacadas por eles destacam-se as dálias, os gladíolos, as íris e os lírios.

Métodos de controle
Para remover os insetos das plantas, use uma mangueira de jardim que tenha um jato bem forte. Em seguida, se as plantas estiverem muito infestadas, pulverize-as com Malathion, seguindo as instruções da embalagem.

Trips dos Gladíolos


Insetos sugadores, os trips provocam o aparecimento de faixas prateadas – posteriormente elas ficam marrons – nas superfícies das folhas, que acabam murchando. Quando os trips atacam os bulbos estocados, eles ficam marrons e pegajosos. Embora o alvo principal dos trips seja o gladíolo, eles atacam também as frésias, as íris e os lírios.

Método de Controle
A melhor maneira de combatê-los consiste em adotar um tratamento preventivo. Quando as plantas atingirem 15 cm de altura, pulverize-as com Serin ou Malathion. E , quando se tratar de bulbos, pulverize-os logo que os desenterrar.


Besouros


De cor bronzeada e com mais de 1 cm de comprimento, os besouros corroem as folhas, os caules e as flores. Eles são mais ativos nos dias quentes e ensolarados, quando podem ser vistos em grupos sobre as folhas de uma planta. Por onde passam eles fazem muito estrago, deixando verdadeiros buracos nas plantas, principalmente nos biris e nas dálias.

Métodos de controle
Retire-os com as mãos ou remova-os para dentro de uma lata com água e um pouco de óleo ou querosene. As infestações mais graves precisam ser pulverizadas com Malathion.

Lesmas


Geralmente grandes, gordas e sem patas, as lesmas são muito prejudiciais as plantas. Elas preferem as folhas e as raízes novas que se desenvolvem próximas do solo. Alimentam-se normalmente à noite e deixam grandes buracos e uma trilha prateada, viscosa, por onde passam. Atacam com frequência as dálias e os lírios.

Métodos de Controle
Para combatê-las borrife o solo nas proximidades do caule com Metaldeído ou use iscas: elas são atraídas por uma travessa com cerveja ou suco de uva, e morrem afogados quando caem no líquido. Outra alternativa é bloquear os canteiros com terra.

Nematóides


Microscópicos e transparentes, os nematoides prejudicam muito as plantas. As folhas ficam cobertas de manchas amarelas ou marrons, curvam-se e partem-se. Eles penetram nas raízes novas e dirigem-se para os caules quando a folhagem murcha,  refugiam-se nos bulbos, cujos tecidos escurecem. Atacam dálias, narcisos, tulipas, gladíolos e íris.

Métodos de controle
As plantas atacadas precisam ser destruídas. Para que a infestação não se propague, proteja as plantas vizinhas com uma aplicação de veneno próprio. As ferramentas de jardim devem ser esterilizadas com álcool.

LARVA DE MOSCA


Com mais de 1 cm de comprimento, a larva de mosca assemelha-se a uma lagarta. Ela cava e come o núcleo do bulbo, reduzindo-o a uma massa escura e esponjosa. As plantas atacadas apresentam folhas retorcidas e amareladas, e param de crescer. Por atacarem com frequência o bulbo do narciso são chamadas larva de mosca de bulbo narciso, mas infestam também as amarílis.

MÉTODOS DE CONTROLE
Descarte-se dos bulbos que parecem macios ou esponjosos. Borrife o solo, na época do plantio, com Chlordane, e pulverize cada bulbo com o mesmo produto.

LARVA DE BESOURO


Compridas, com quase dois centímetros, lisas e segmentadas, as larvas de besouro desenvolvem-se de ovos depositados no solo por besouros pretos e marrons. Elas penetram no bulbo subterrâneo e encaminham-se para cima. Fazem buracos no caule e, às vezes, derrubam a planta. Seus alvos principais são as dálias, os gladíolos e as begônias tuberosas.

MÉTODOS DE CONTROLE
Borrife o solo com Diazinon ou Chlordane, na hora do plantio. Pulverize os bulbos antes de enterrá-los, e quando a planta estiver crescendo borrife-a com Malathion.

ÁCAROS DE BULBO


Os ácaros de bulbo assemelham-se a pequenas aranhas esbranquiçadas. Eles se reúnem em colônias para se alimentar de bulbos em decomposição, mas também cavam túneis em bulbos sadios, provocando, desse modo, deterioração dos tecidos. Esses insetos atacam com fre- qüência amarílis, açafrão, frésias, gladíolos, lírios, narcisos e tulipas.

MÉTODOS DE CONTROLE
Descarte-se dos bulbos infestados (eles apresentam-se macios e esponjosos). Pulverize os bulbos saudáveis com Diazinon e, quando precisar estocá-los, mantenha-os em recipientes bem fechados.


 MOSAICO


Doença causada por vírus, o mosaico, bem como outras viroses, é disseminado por insetos. Quando infectadas, as plantas ficam com as folhas manchadas de verde e amarelo. Em algumas flores, como as da tulipa Rembrandt, o vírus propicia o aparecimento de matizes multicoloridos. Esse vírus ataca lírios, copos-de-leite, dálias, biris, gladíolos e íris.

MÉTODOS DE CONTROLE
Destrua as plantas infectadas. Embora os vírus não possam ser combatidos por produtos químicos, o Malathion ajuda a repelir os insetos propagadores. Cultivadores de tulipas Rembrandt evitam plantá-las próximas de outras tulipas e dos lírios.

FERRUGEM DE BOTRYTIS


A ferrugem de Botrytis produz pontos amarelos, laranja ou marrom-avermelhados nas folhas, flores e bulbos. Ela aparece com mais frequência nas épocas úmidas e chuvosas. Os pontos da ferrugem tendem a se encontrar e, quando isso ocorre, a parte atacada se decompõe. Os bulbos mais suscetíveis à ferrugem são as tulipas, dálias, gladíolos e jacintos.

MÉTODOS DE CONTROLE
Não plante bulbos com lesões arredondadas e marrons. Remova as partes atacadas da planta e transfira-a para um local ensolarado e bem drenado. Deixe um espaço maior entre os bulbos para melhorar a circulação do ar e reduzir a umidade.

APODRECIMENTO DE BULBOS


Em solos mal drenados, os bulbos são atacados por bactérias e fungos, apodrecendo em consequência disso. Isso também pode acontecer quando eles são estocados em locais quentes e sem ventilação. Você pode reconhecer o bulbo apodrecido pela aparência seca, esponjosa ou polpuda que apresenta, algumas vezes exalando um odor acre.

MÉTODOS DE CONTROLE
Elimine os bulbos apodrecidos. Melhore a drenagem do solo e plante os bulbos sadios em locais ensolarados. Verifique as condições ambientais do local onde você estoca seus bulbos: é necessário temperatura baixa e boa ventilação.

Fonte: Plantas e Flores - 1977

Veja também: Como Tratar Doenças das Plantas
                       Scadoxus